Jorge Amado
Jorge Leal Amado de Faria nasceu dia 10 de agosto de 1912 em
Itabuna e morreu no dia 6 de agosto de 2001 em Salvador. Jorge Amado nasceu em
uma fazenda de cacau em Itabuna, Bahia, em 1912. Cursou o primário em Ilhéus
(com uma professora particular que se tornou personagem de Gabriela Cravo e
Canela) e fez o secundário em um internato. Nessa época começou a ler autores ingleses
e portugueses. Fugiu para a casa do avô no Sergipe e em 1927 matriculou-se num
externato, onde ligou-se a Academia dos Rebeldes, grupo de jovens escritores
contrários ao Modernismo. Apesar disso, Jorge Amado é considerado modernista da
segunda geração. Trabalhou em jornais e editoras, tendo fugido do Brasil por
perseguições políticas em 1935 e, após eleito deputado federal em 1945, teve
seu mandato cassado em 1948 quando o PCB foi posto na ilegalidade. Deixou o
país e viajou pelo mundo, recebendo um prêmio na união Soviética em 1951. Em
1961 foi eleito para a Academia Brasileira de Letras. Sua obra, que já foi
adaptada para várias mídias e traduzida para vários idiomas, é regionalista
(trata sempre do NE, especialmente a Bahia) e é dividida em três fases: umas
com maiores preocupações sociais, no começo da carreira, outra sobre o ciclo do
cacau e outra ainda com maior lirismo. Na 1ª parte incluem-se Capitães de Areia
e Mar Morto; na segunda Cacaus, Terras do Sem-Fim e São Jorge de Ilhéus; na 3ª,
iniciada com Gabriela Cravo e Canela (que apesar de se passar na zona do cacau
não é sobre o ciclo do cacau em si), incluem-se Dona Flor e seus Dois Maridos,
Teresa Batista Cansada de Guerra e Tieta do Agreste.
Jorge Amado é um dos autores brasileiros mais publicados em
todo o mundo, atrás apenas de Paulo Coelho: sua obra foi editada em 55 países,
e vertida para 49 idiomas e dialetos: albanês, alemão, árabe, armênio, azeri,
búlgaro, catalão, chinês, coreano, croata, dinamarquês, eslovaco, esloveno,
espanhol, esperanto, estoniano, finlandês, francês, galego, georgiano, grego,
guarani, hebraico, holandês, húngaro, iídiche, inglês, islandês, italiano,
japonês, letão, lituano, macedônio, moldávio, mongol, norueguês, persa,
polonês, romeno, russo (também três em braile), sérvio, sueco, tailandês,
tcheco, turco, turcomano, ucraniano e vietnamita.
Recebeu no estrangeiro os seguintes prêmios: Prêmio Lênin da
Paz (Moscou, 1951); Prêmio de Latinidade (Paris, 1971); Prêmio do Instituto
Ítalo-Latino-Americano (Roma, 1976); Prêmio Risit d'Aur (Udine, Itália, 1984);
Prêmio Moinho, Itália (1984); Prêmio Dimitrof de Literatura, Sofia — Bulgária
(1986); Prêmio Pablo Neruda, Associação de Escritores Soviéticos, Moscou
(1989); Prêmio Mundial Cino Del Duca da Fundação Simone e Cino Del Duca (1990);
e Prêmio Camões (1995).No Brasil: Prêmio Nacional de Romance do Instituto
Nacional do Livro (1959); Prêmio Graça Aranha (1959); Prêmio Paula Brito
(1959); Prêmio Jabuti (1959 e 1995); Prêmio Luísa Cláudio de Sousa, do Pen Club
do Brasil (1959); Prêmio Carmen Dolores Barbosa (1959); Troféu Intelectual do
Ano (1970); Prêmio Fernando Chinaglia, Rio de Janeiro (1982); Prêmio Nestlé de
Literatura, São Paulo (1982); Prêmio Brasília de Literatura — Conjunto de obras
(1982); Prêmio Moinho Santista de Literatura (1984); Prêmio BNB de Literatura
(1985).